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sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O ASSASSINATO DE JULIA COLLE



NÃO VAMOS DESCANSAR ATÉ A VERDADE APARECER .
IRMÃ GUERREIRA , VOCÊ SEMPRE SERÁ ETERNA PRINCESA ATIVISTA

  • Suely Vall Assassinato. Uma jovem como ela não se suicidaria. Uma ativista não se mata. Foi morta sim. Se participou do resgate do Royal, deve ter sido por policiais, que amedrontaram outras ativistas, fazendo campana em frente a casa delas, inclusive invadido a casa delas a procura de beagles
  • Ana Dias estranho,quem luta por uma causa não se mata, tem objetivos, lutas, não pensa em morrer, isso é coisa de gente depressiva que não tem animo para a vida, isso é uma farsa

 

 

 

 




Quem tem medo de Julia Colle, uma jovem mártir que amava os irmãos bichos protegidos de São Francisco de Assis e São Roque? http://andradetalis.wordpress.com/tag/instituto-royal/

Muito propícia esta segunda invasão para apagar a memória de Julia Colle, cuja morte pretende a imprensa que seja rapidamente esquecida.

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por 
Julia-Coller
Júlia Coller está morta. A polícia trabalha com a hipótese de suicídio. As comunidades virtuais conheceram Julia Coller pelo ativismo; ela foi uma das pessoas acorrentadas ao Instituto Royal, na luta pela libertação dos animais do falso laboratório. Nessas mesmas comunidades, há os que especulam sobre a sua morte. Mas à medida que os jornais dizem que ela consumiu “álcool e drogas” em uma festa no dia anterior, e que já havia tentado o suicídio antes, tudo se resolve. É só enterrar a bela menina de olhos verdes.
O Brasil é o país em que a vítima fica culpada com uma facilidade incrível. Sendo mulher, então, nem é preciso lançar mão do elemento fatal para instalar o preconceito, as drogas. Junto com drogas, o ativismo em favor de … animais! Ora, nem mesmo em favor de humanos, mas de animais! Eis que se forma o quadro na cabeça dos conservadores que, agora, estão com tudo na mídia, e até poderiam escrever: “menina porra louca”.
Júlia Coller apareceu morta diante de um namorado e uma amiga. Estava em seu quarto, ligou para o namorado, mas não falou com a amiga que estava na mesma casa. Amarrou uma gravata na janela e conseguiu se matar com tal instrumento. Isso após uma noite sem dormir e já de ressaca. A garota deve ter feito um curso de marinheiro, por isso foi impecável ao construir o nó fatal para morrer, mesmo sendo bem leve. Posso aceitar a morte de Júlia Coller, mas não consigo ficar tranquilo se a morte vem acompanhada de um julgamento sobre ela, tão fácil que faz alguns chegarem a dizer  de modo cinicamente tranquilo “ah, quando tem droga no meio, tudo é possível”.
Não dá mais para culpar as drogas pelo fim de uma pessoa sensível. Entre a droga e a uma pessoa há um mundo, ou melhor, há a nossa sociedade. Essa sociedade em que vivemos e na qual achamos que tudo se resolve com polícia. Basta colocar a polícia contra tudo que cheira errado e tudo ficar certo. Assim pensam agora os intelectuais da modinha.
Ora, não vou por aí não. Não visto canga. Já passou da época em que tínhamos de ceder aos que exigiam de nós um comportamento do tipo “é assim mesmo, afinal, era uma garota que ficou lá no Royal, acorrentada”. Sim, é esse o juízo que os conservadores estão fazendo agora, no bar, e só não vão escrever isso porque o caso Royal já não dá mais “ibope”. Todavia, os que foram contra o resgate dos beagles nem precisam dizer nada, já os escuto culpando a vítima.
Em nossa sociedade em que a regra não é a maldade voluntária, mas a apatia da insensibilidade produzida por um pensamento que se acha importante por colocar a política acima da vida humana, pessoas como Coller não podem usar por muito tempo seus olhos verdes. Tais olhos matam de vergonha, ainda, os que já não são capazes de nenhum choro, de nenhum gozo, de nenhuma capacidade de ver nos cães nossos amigos. Olhos assim, fitados pelos conservadores que condenaram o ativismo que fechou o Royal na base da lei, são  como que faróis em um túnel escuro e silencioso.
Adorno chamou a nossa sociedade de “sociedade administrada”. Nela, tudo é administrado e não vivido. Adorno punha a administração de um lado e a vida de outro. Pois administração é para empresas, não para vidas. Nossa sociedade tem empresariado nossas vidas e, então, quer que a vida não tenha nenhum laço que não seja o de sobrevivência. Nessa sociedade, tem de vigorar o que ele chamava de “feliz apatia” da “frieza burguesa”. Todos se arrastam. Só os adultos riem. Estão nos shoppings. As crianças brincam sem sorrir. Esse é um sinal de nossos tempos. Podem reparar.
Jovens como Júlia Coller não querem entrar em um partido. Não estão comprando o Mein Kampf atual, que no seu mais radical ressentimento nutre outros ressentidos diante dos escolarizados. Esses ressentidos acham que nas escolas se serve Marx, maconha e caviar. Ora, como eles nunca conseguiram ler o primeiro por não entenderem Platão ou qualquer outro clássico, como eles consumiram só maconha ruim e, enfim, como jamais viram caviar senão na TV, se ressentem contra os que gozaram a vida.
Não! Julia não foi dos que podem entrar para o partido dos ressentidos. Ela se deprimia com esse mundo, pois ela ainda era uma moça velha, uma moça com sentimentos. Nos olhos dos cães ela via o que existe. Existe amor. Ah, mas quão babaca é esse sentimento para esses novos homens que, agora, deixaram os púlpitos e comentam sobre a vida social e política. Eles são os que culpam vítimas. Diante deles, Júlias perecerão sempre.
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julia foto inédita 2
Foi sepultada ontem, no final da tarde em Mairinque, sua terra natal, a ativista dos direitos dos animais Jucilaine Cristina dos Santos (Julia Colle), 25 anos. O enterro contou com a participação de diferentes movimentos sociais de São Roque e delegações de várias cidades.
A jovem ficou conhecida nacional e internacionalmente nos protestos pelo fechamento do Instituto Royal, em São Roque, onde residia.
Julia Colle foi encontrada em seu quarto já sem vida. A autópsia preliminar, realizada em Sorocoba, diz que faleceu por asfixia mecânica, podendo ser enforcamento, esganadura ou sufocamento.
Escreve Patricia Abreu em sua página no Facebook: “Existem muitas especulações levianas sobre a morte da Julia. Os problemas pessoais eram somente dela.
Peço que respeitem a memória.
Cultivem apenas as coisas boas que ela fez enquanto esteve aqui conosco. Todo legado que nos deixou pelo amor aos animais.
Vamos continuar a nossa luta diária por eles que precisam e necessitam de nós”.
Isso é verdadeiro. Vamos corrigir a notícia publicada no R7: “Com base no boletim de ocorrência, ao qual a reportagem do R7 teve acesso, Julia, o namorado e uma amiga passaram a noite de sábado (9) em uma festa em Cotia, da qual retornaram na manhã de domingo. Já em São Roque, teriam feito ‘uso de bebidas alcóolicas e drogas’. Ainda de acordo com a polícia, as testemunhas foram dormir em seguida e Julia teria ficado acordada”.
O namorado de Julia jamais se drogou, e não viajou com Julia para Cotia. Os dois se amavam, mas estavam separados, pelo menos, há uma semana. Mas tudo indicava que iam reatar o namoro.
“Horas mais tarde, por volta das 16h, o namorado da ativista recebeu uma mensagem pelo celular, na qual Julia dizia que faria uma besteira. O rapaz então seguiu para a casa, onde estava a ativista e uma amiga. Ambos foram ao quarto de Julia, onde estava o corpo dela. O boletim de ocorrência aponta que a ativista ‘estava enforcada com uma gravata presa à janela”.
O rapaz, realmente, recebeu o telefonema, e saiu apressado para casa de Julia.  Não esperava encontrar três pessoas: Luana, Akira e Coelho. Correu para o quarto da namorada, mas era tarde. As três visitas não sabiam de nada. Fica a dúvida: os três dormiam e Julia acordada. Ou eles acordados e Julia dormindo eternamente.
No boletim de ocorrência, Akira, Coelho e Luana  testemunharam que não participaram da morte de Julia, nem ouviram nada. E que vieram da festa, em Cotia, com Julia, e beberam e consumiram drogas.
Informa o R7: “Nas redes sociais, amigos de Julia e a própria mãe da jovem suspeitam da tese de suicídio.
A reportagem do R7 procurou o delegado Marcelo Sampaio Pontes, responsável pelas investigações, mas ele preferiu não falar em linhas de investigação neste momento”.
A mãe de Julia permanece em estado de choque. E não suspeita de coisa alguma. Está sob efeito de calmantes.
Julia é filha única, muito querida, e saiu da casa para morar sozinha, ou melhor, residir em um local que pudesse abrigar seus animais. Seu sonho era abrir um canil.
Nas redes sociais falam que os animais foram despejados. “É mentira. A mãe não teve nada a ver com isso. Pessoas de fora da cena tomaram a frente dela e pegou os animais. É uma senhora idosa e não teria condições de cuidar de oito animais. Apesar da idade, jamais colocaria os animais para fora”.
O que as amigas mais íntimas dizem de Julia: “Uma pessoa maravilhosa, com um coração generoso, carinhosa, educada, amiga, agitada, idealista, amante dos animais”. E todas garantem: não era usuária de drogas.
“Se usou, foi influenciada pelas companhias que estavam com ela. Os próprios ocupantes da casa revelaram à policia que consumiram drogas, aparentemente, cocaína e maconha”.
Essa possibilidade talvez levou Julia a telefonar para o namorado. Pediu socorro. Disse que não estava bem, e que cometeria uma besteira. Essa besteira seria se matar. Mas poderia ser uma maneira  - chantagem emocional bem comum em jovens apaixonados – de reatar o namoro.
Julia quando criança sofreu o trauma da perda do pai, uma morte que nunca aceitou. Passou a ter crises de depressão, e tomou medicamentos. Mas tinha parado faz tempo, por orientação médica. Ultimamente sua tristeza era a separação momentânea do namorado.
Conclui uma amiga: ‘É muito fácil falar de suicídio, e tirar a culpa de três pessoas que estavam na casa e disseram que não viram nada. Penso sim, que pode ter se matado, mas por alguma coisa eles terão que ser indiciados, nem que seja por omissão de socorro ou participação. Aliás quem levou drogas para dentro da casa foram eles”.
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ASSINE A PETIÇÃO AO SUPERIOR TRIBUNAL FEDERAL CONTRA A VIVISECÇÃO
http://chn.ge/1b4LSgv____________________________________

As últimas palavras de Julia Coller

Publicado: novembro 11, 2013 em Brasil, Comportamento, Cultura
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No dia de sua morte no Facebook escreveu Julia Coller:
A bestialidade humana chega ao extremo! O que anda me preocupando com uma certa frequência.
COMO pode um psicopata frio e DOENTE.
Não ser preso, punido. CADÊ OS PROTETORES DESSE LUGAR?
Que nível é seu público?
Não entendo como a raça humana chega a esse ponto … pessoas mercenárias.
INACREDITÁVEL!

Como muitos devem saber e até ter protestado, em 2007, Guillermo Vargas Habacuc, um suposto artista, colheu um cão abandonado de rua, atou-o a uma corda curtíssima na parede de uma galeria de arte e ali o deixou, a morrer lentamente de fome e sede
arte anaimal 2
http://www.petitiononline.com/13031953/petition.html
6 de novembro
Fico feliz demais, por ter sido uma pequena partícula dessa realização.
Sei que ainda estamos longe de terminar esta guerra que iniciamos, mas o dia 19 foi um dia de glória, onde pessoas libertaram vidas, de cara limpa.
Talvez tenhamos que responder processo, ou qualquer coisa do gênero, sei que ainda centenas de animais precisam de nós, e que ainda continuam nas masmorras do sofrimento, mas chegaremos lá.
E ainda faço um apelo, a todos que naquela noite estava lá, procure a delegacia de São Roque, e diga que quer ser testemunha do caso. Conte sua versão, como viu tudo e como estava lá, e condições dos animais.
Seu depoimento é importante.
Nós, eu Vilma ARanaga, Pris Aranaga e Maraína Araujo, já fomos, e fomos muito bem atendidas pelo delegado Marcelo. Se todos fizerem isso teremos mais depoimentos para a causa, não tenham medo.
O Instituo fechou, mas a luta continua, o processo já iniciou, tem que ser provado que havia maus tratos. Ajude com seu depoimento.
Valeu apena he, he
Valeu apena he, he
6 de novembro
Para aqueles que se moveram de alguma forma. Saíram da zona de conforto e apoiaram a causa:
meu melhor amigo
 

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