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segunda-feira, 28 de abril de 2014

VAMOS VOLTAR AO TECAN


28/04/2014 09h26 - Atualizado em 28/04/2014 09h26

'Apenas um passo, vamos voltar', alerta ativista que organizou protesto

Grupo se reuniu em frente ao laboratório Tecam em São Roque (SP).
Apenas 20% dos que confirmaram presença compareceram ao local.

Jéssica Pimentel e Pedro Craveiro Do G1 Sorocaba e Jundiaí
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Grupo protestou por aproximadamente quatro horas em frente ao Tecam (Foto: Jéssica Pimentel / G1)Grupo protestou por aproximadamente quatro horas em frente ao Tecam (Foto: Jéssica Pimentel / G1)


Os quase 200 manifestantes que reivindicaram por quase quatro horas na frente de um laboratório, em São Roque (SP) neste domingo (27), voltaram para casa sem animais nos braços, mas de acordo com uma das organizadoras do ato e também química, Adriana Khoury, o grupo pretende voltar ao local. “Essa ação foi só um passo, nós mostramos que estamos de olho nas irregularidades do local e vamos voltar. Foi só o pontapé inicial”, revela.

Além do fim do uso de animais em testes laboratoriais, os protetores cobram a fiscalização de uma lei estadual que proíbe essa prática. “Nós queremos a aprovação do governador e de deputados para que órgãos fiscalizem essa prática. Quem deveria ir aos laboratórios são os fiscais, mas já que não funciona, nós é quem vamos cobrar na porta dos 400 laboratórios ilegais desse país”, desabafa.

Segundo participantes de organizações não-governamentais que defendem os animais, o Tecam utiliza ratos, coelhos, camundongos e cobras como cobaias para testes de cosméticos. “Nós sabemos que eles utilizam animais e é por isso que vamos lutar até o fim para que essa crueldade pare”, conta outra ativista, que não quis se identificar.

Júlia Lanzarini luta pelos animais há anos e admite que se comove pela causa (Foto: Jéssica Pimentel / G1)Júlia Lanzarini luta pelos animais há anos.
(Foto: Jéssica Pimentel / G1)
Quem também participou do ato foi a cantora de São Paulo, Júlia Lanzarini. Em lágrimas, ela contou para o G1 que luta há mais de sete anos em defesa aos animais e que fica chocada ao saber que eles ainda são usados como testes. “Eu sinceramente tenho vergonha da minha espécie. No dia em que houver libertação animal haverá também libertação humana”, revela.

O laboratório Tecam informou que trabalha dentro da lei obedecendo todas as normas técnicas e éticas para o uso de animais em pesquisas, e que não existe nenhuma ilegalidade na utilização dos animais.

Manifestantes estão em frente ao laboratório (Foto: Pedro Craveiro/ G1)Manifestantes se reuniram em frente ao laboratório (Foto: Pedro Craveiro/ G1)

‘Menos de 20% dos confirmados’
Em uma rede social, mais de mil pessoas haviam confirmado presença no evento, que pretendia resgatar animais e encerrar as atividades do estabelecimento. No entanto, apenas cerca de duzentos manifestantes foram até o local.

No meio da semana passada, a direção do Tecam conseguiu uma liminar que impedia a invasão e obrigava a Polícia Militar a garantir a segurança do laboratório. Já no início da manifestação, um oficial de justiça apresentou o documento ao grupo. Por isso, quando o comboio de ônibus, carros e vans chegou ao local, PMs já estavam posicionados e evitaram a invasão.

O grupo se encontrou em uma praça no centro da cidade, e seguiu em comboio para o laboratório. O único momento tenso foi quando um grupo de encapuzados se postou em frente ao portão, com escudos de borracha improvisados, mas não houve confronto com a polícia.

Sem acesso ao interior do Tecam, os ativistas ficaram em frente ao local e o protesto foi pacífico. Os testes com animais em laboratórios foram o tema principal dos discursos, vindos de um carro de som. Eles também discursavam sobre o consumo de leite, carne e acessórios produzidos com couro ou pele de animais.

Manifestantes estão em frente ao laboratório (Foto: Pedro Craveiro/ G1)Manifestantes fizeram um bloqueio com escudos improvisados (Foto: Pedro Craveiro/ G1)

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