Eles sentem o mesmo que todos nós
  
Sempre indago quem outorgou ao ser humano o livre-direito de explorar, subjugar, maltratar, assassinar um animal por esporte, por lazer (caça e pesca esportiva) ou matá-los para alimentação. Quem foi que nos outorgou este "direito" e privilégio?
Sempre indago quem outorgou ao ser humano o livre-direito de explorar, subjugar, maltratar, assassinar um animal por esporte, por lazer (caça e pesca esportiva) ou matá-los para alimentação. Quem foi que nos outorgou este "direito" e privilégio?

Costumo insistir naquilo que é necessário para o despertar de uma nova consciência pelo bem dos animais. Como
 o sol que surge ao nascer de cada dia, torna-se indispensável o 
renascer das ideias que incitam a vida, o pleno direito dos outros seres
 sencientes viverem sem a perseguição contumaz de humanos crueis e 
desalmados.
  
Senciência animal é tema fundamental 
para que possamos modificar todos os velhos e superados conceitos sobre a
 vida deles.   Por isso, estudo diariamente a fim de melhor entender e 
levar ao leitor informações qualificadas.  A vida é uma importantíssima 
escola para a nossa evolução e a preservação da vida na Terra em amplo 
espectro.
Com os proficientes estudos de 
neurocientistas desvendando o que era antes insondável no mundo animal, 
hoje sabemos que todos os mamíferos, todos os pássaros e outros de 
espécies diferentes, como o polvo, por exemplo, possuem estruturas 
nervosas que produzem a consciência.  Todos os animais são seres 
sencientes e não pairam mais dúvidas sobre a questão.
Um cachorro quando demonstra alegria ao
 ver seu tutor, são ativados naturalmente em seu cérebro estruturas 
semelhantes às mesmas estruturas que existem no cérebro humano.  O mesmo
 ocorre quando sente dor, medo, etc.
Citei acima o polvo - este animal 
possui 500 milhões de neurônios - os humanos possuem em torno de 100 
bilhões e, com isso, segundo a Ciência, a estrada está construída para 
produzir-se consciência sintética, algo inimaginável há algumas décadas.
   A neurociência deu passos largos no estudo e entendimento da 
complexidade cerebral, embora ainda haja muitos mistérios a ser 
revelados.
Há uma tendência natural da espécie 
humana em pensar que o mundo nos foi concedido por Deus.  Todavia, 
esquecemos ou fingimos não perceber que os animais também têm direito à 
vida.  A concepção antropocêntrica de que somos o centro do mundo, o 
divisor de águas, os melhores e mais capacitados está totalmente 
superada.  O especismo não cabe mais nos dias de hoje, quando temos 
suporte para estudar e entender que os outros seres vivos também são 
criaturas da mesma divindade e, portanto, precisam viver, tendo 
sentimentos, consciência e emoção.
Segundo o dr. Marc Bekoff, do corpo 
docente da Universidade do Colorado, as características consideradas 
exclusivamente humanas, como a capacidade de sentir emoções e tomar 
decisões morais, estão espalhadas em todo reino animal e complementa, 
afirmando que os animais têm sentimentos complexos e profundos, como 
alegria, mágoa, tristeza, vergonha, ressentimento, empatia e compaixão. 
 Eles também diferenciam o certo do errado e se sensibilizam pela dor e 
alegria dos outros animais.
O luto dos animais, a adoção de um por 
outro de espécie diferente, não é ato de instinto - é sentimento 
profundo que nós conhecemos como ...amor!
Vou sugerir às autoridades, vou 
trabalhar intensamente para tentar inserir na grade escolar em todos os 
níveis a senciência e direito dos animais.  Não deixo de fazer a minha 
parte, pois tenho plena convicção que eles sentem o mesmo que todos nós.
Por: Gilberto Pinheiro
Jornalista, palestrante em escolas e universidades
sobre a senciência dos animais, integrante da CPDA/OAB,
Comissão de Proteção e Defesa dos Animais da Ordem Dos Advogados
do Brasil, seccional Rio de Janeiro
 | Fale conosco: contato@direitosdosanimais.org | 


Nenhum comentário:
Postar um comentário