Ratos de laboratório
têm mais mordomias do que se imagina?????????
Saiba como são tratadas as cobaias preferidas da ciência
VIDA DE RATO. Cobaias de laboratório da USP ficaram agitadas com a presença de uma equipe da revista
Os roedores que existem apenas porque a ciência precisa deles nascem nos biotérios (do latim “lugar onde fica a vida”), uma espécie de berçário que segue normas rígidas de higiene e conforto ditadas por órgãos internacionais como AAALAC (Associação para Avaliação e Validação dos Cuidados com Animais de Laboratório) e Iclas (Conselho Internacional para Animais de Laboratórios Científicos). A ideia é mantê-los limpos e livres de doenças, para não comprometer os resultados dos estudos. “Na investigação de uma parasitose, o animal pode apresentar um sintoma de uma doença que já tinha, e não da pesquisada”, diz o veterinário Joel Majerowicz, diretor do Centro de Criação de Animais de Laboratório (Cecal), da Fiocruz.
Para manter os ratos longe de vírus, germes e bactérias, os biotérios são isolados. As salas de esterilização de materiais e de criação e repouso dos bichinhos não têm janela, e a ventilação é feita por ar-condicionado. Ao entrar em uma sala, por exemplo, só se consegue abrir a porta seguinte quando a anterior se fecha. A entrada é restrita aos funcionários — ainda assim, não para todos. “Quem trabalha na área externa tem uniforme de cor diferente para facilitar o controle”, conta a bióloga Ubimara Pereira Rodrigues, diretora da Divisão Biotério Central do Instituto Butantan, centro de pesquisa vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, responsável por 93% dos soros e vacinas produzidas no país. Para entrar, os funcionários vestem touca, luvas, máscaras e proteção para o pé — semelhante ao que é exigido em uma UTI.
A mania de limpeza ajuda a manter as cobaias aptas para os experimentos, mas é também uma forma de respeitar seu estilo natural de ser. Pois, acredite, ratos não são seres imundos, nem os de bueiro. “Eles se limpam o tempo inteiro. A gente sabe quando estão doentes porque deixam de lavar o rosto, se lambendo”, afirma a biomédica do laboratório de Cronofarmacologia (que analisa o efeito de medicamentos no organismo de acordo com a hora em que são tomados) da USP Regina Markus.
Os cuidados não param por aí. Nos biotérios, os ratos são tratados com a mordomia de um hotel 5 estrelas: as camas são de fibra natural (uma serragem esterilizada), arrumadas no mínimo 3 vezes por semana. Isso porque têm alta capacidade de absorção e ficam limpas por mais tempo, sem necessidade da troca diária. A temperatura é agradável ao corpo, 22 °C. A cada hora, o ar é trocado de 15 a 20 vezes. Uma luz baixa dá um clima no ambiente. Se fosse um hotel, a diária seria com comida e bebida à vontade. Os funcionários falam em voz baixa e zelam para que os hóspedes não sejam incomodados com cheiros de cigarro ou perfumes. Nada pode interferir no sossego das cobaias.
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Últimos comentários
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Mia
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RS |
Porto Alegre |
24/04/2013
Que vergonha,Galileu
Se tá velho, não serve mais, tem que morrer. O que essa matéria quer dizer com mordomia?? eu só vi escravidão e ego, sim ego das pessoas que prendem essas criaturinhas numa vida artificial,miserável e falsa.e ainda querem nos fazer acreditar que fazem um favor pra esses ratinhos garantindo "boas condições" e uma saúde impecável pra poder ser destruída com testes e torturas.
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Sergio Augusto da Silva
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DF |
Brasília |
23/04/2013
Galileu entra pra lista de revistas lixo do Brasil
Com essa reportagem, subestimando a inteligência das pessoas, a revista Galileu acaba de fazer parte do lixo de informação do Brasil. Nenhuma informação desta revista deve ter atenção e confiança. Com essa reportagem, registra-se um argumento e um exemplo claro de que a revista Galileu é totalmente "sem noção" e sem ética nenhuma. É uma ameaça a sociedade brasileira.
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Wellington Fochetto JUNIOR
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SP |
Batatais |
09/04/2013
Hitler e CIA. Ilimitada: eles só querem o nosso bem...
Mordomia enquanto são torturados, né? Tão nos chamando de BURROS, é? Revista SEM VERGONHA essa, hein? Dá licença...
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