Um estudo feito pela Dra Lydia Tong indica que cavalos podem sentir mais dor do que humanos. O estudo demonstra que eles têm uma camada superior de pele mais fina com mais terminações nervosas e fibras sensoriais que os humanos.
Os freios causam dor e lesões aos cavalos. Os freios articulados são presos contra o palato, por isso muitos animais ao sentir essa dor imensa colocam a língua entre o freio, causando lesões na língua e, novamente, muitíssima dor.
Segundo estudos realizados pela Nevzorov Haute Ecole, um forte puxão no freio produz uma pressão de 300 kg / cm2, enquanto que uma pressão suave produz entre 80 e 150 kg / cm2.
Os cavalos que são feridos pelo freio, abrem a boca, fazendo gestos constantes de desconforto, mas quando eles mostram sintomas de dor são geralmente silenciados com um movimento mais apertado que fecha suas bocas silenciando sua dor e sua maneira de se expressarem.
Segundo Alexander Nevzorov em seu livro The Horse Crucified and Risen a baba grossa que sai da boca do cavalo ao usar o freio se deve ao fato de que há ressecamento na garganta do animal pois com o freio ele não consegue engolir saliva e que a baba grossa saindo da boca do animal indica que as glândulas parótidas estão lesadas. Ainda segundo Nevzorov a cervical e o sistema muscular dos equinos são lesados pelo puxão das rédeas.
Nevzorov explica que os freios se dividem em duas categorias os de ação trigeminal quando os ramos do nervo trigêmeo que passam ao longo dos ossos que formam a mandíbula inferior são escolhidos como principal ponto da inflição da dor e os de efeito dental pela qual as áreas dentais macias – as barras, os dentes (o primeiro e segundo pré-molares), língua, palato e gengivas são submetidos a uma influência dolorosa direta, isto é, à dor direta que atua sobre os nervos palatais menores, os ramos dos nervos maxilares, o nervo sublingual, os nervos alveolares e os nervos faciais.
Nevzorov explica que : “O freio com ação trigeminal é baseado mais na intimidação. O cavalo, sendo uma criatura de fenomenal inteligência, vai sempre se lembrar do tipo de mina plantada em sua boca pelo homem. Esse freio não causa uma dor cruel contínua, mas inflige somente, vez por vez , uma injeção curta dessa dor no cérebro e na consciência do equino”. Ele também explica que “O freio de hoje de modo algum se pode distinguir do ferro de séculos passados. A mesma peça bucal monolítica do freio é plantada no arco do palato do equino, nós ainda apertamos a mesma corrente que causa dolorosa paralisia com a pressão forte sobre o nervo trigêmeo.”
Segundo Nevzorov “O cavalo, para sua infelicidade, foi criado de tal modo que ele pode disfarçar qualquer dor, exceto a mais insuportável, até o fim, sem demonstrá-la de modo algum, e esforçando-se por não apresentar qualquer mudança em seu comportamento externo. E que “Disfarçar um mal é um dos seus instintos mais profundos e primitivos, que não desapareceu completamente nos milênios da assim chamada doma.” Ele explica que o cavalo tem esse instinto pois na natureza ao demonstrar dor, fraqueza ou uma enfermidade ele se condena a ser devorado por predadores ou a ser rebaixado na escala hierárquica do seu rebanho.
Nevzorov explica que o freio atua sobre o diastema, o espaço sem dentes das gengivas em vertebrados, pois é no diastema que está localizada a parte mais sensível do nervo trigêmeo e que nessa área não há uma camada submucosa que o possa proteger dos impactos da pressão do ferro. O nervo é super sensível. O ferro pressiona e impacta exatamente nesse ponto causando no animal uma dor aguda, queimante e paralisante.
Um experimento científico realizado pelo Dr. Robert Cook provou que o freio é a causa de mais de 200 problemas comportamentais em equinos que são montados ou usados para tração. E que ele é também a causa de 40 diferentes doenças.
As ferraduras prejudicam a circulação sanguínea do cavalo pois o casco descalço bombeia cerca de 4 litros de sangue a cada 20 passos, colaborando com o coração. Em um casco com ferradura essa função é reduzida em 75%.
Além disso a ranilha (zona córnea, macia e flexível localizada no interior do casco), funciona como um amortecedor cada vez que ela toca o chão. Ela absorve impactos protegendo as articulações, tendões e ligamentos. Com a ferradura, se impede o contato com o solo, deixando o casco praticamente sem amortecimento. Quando os cascos estão com ferraduras, se limita suas funções sacrificando o bem estar do cavalo.
A ferragem também significa que se insiram pregos nos cascos, que enfraquecem a estrutura e podem causar a separação das lâminas, causando dor e, com o passar do tempo, insensibilidade. Além disso, abrem espaço para bactérias e possíveis infecções. Apenas o peso da ferradura (650 gr por casco) limita a flexão do animal a cada passo danificando ligamentos e tendões.
Nenhum animal não nasce aceitando humanos nas costas, eles são domados. Na doma o animal é forçado a tomar posturas antinaturais, a obedecer e ser submisso aos humanos.
Nos esportes equestres os cavalos além de sofrerem os mesmos danos que aqueles que são montados por lazer sofrem ainda sofrem outros danos. Eles correm o risco de sofrerem fraturas e existem vários casos de animais que morreram durante esses chamados “esportes”.
Aos 6 meses de idade os cavalos são separados de suas mães para irem com outros potros para a supervisão de uma égua com maior experiência e idade avançada. A partir daí, sua vida passa de estar em um pasto ou cercado para ser isolado de outros cavalos em uma cocheira para que eles se acostumem, da mesma forma que terão que se acostumarem no futuro a serem trancados em uma van e a viajar quilômetros e quilômetros de exposição a exposição ou de competição a competição.
Dos “seletos” grupos de cavalos usados em esportes equestres e rodeios, apenas uma minoria é selecionada. Se as lesões não marcaram suas vidas significando seu sacrifício, e para ter o maior lucro possível, tornam-se garanhões ou reprodutores, montando éguas que são usadas como máquinas de reprodução, com gestações constantes e cujos partos quase não conseguem suportar, para dar à luz a um potro que depois será vendido.
Os garanhões e as éguas reprodutoras são tratados como meras máquinas de gerar dinheiro. Os garanhões ficam confinados em baias ou em cercados individuais sem a companhia de outros animais, só entrando em contato com as fêmeas que os criadores de cavalos querem que se acasalem com eles e somente no momento do acasalamento, a vida deles é uma vida de solidão. Os garanhões muitas vezes são prostituídos para outros haras, os haras leiloam coberturas dos machos e eles são transportados até outros haras para acasalar com fêmeas reprodutoras e depois são transportados de volta ao haras de origem, todos esse transporte gera estresse ao animal. Muitos garanhões têm uma morte prematura devido ao confinamento e a todo o estresse que têm que suportar.
As éguas reprodutoras não têm nem mesmo a opção de escolher se querem se acasalar com o macho pois suas pernas são amarradas para que elas não possam rejeitá-lo. Elas tem seus filhos retirados de si depois de 7 dias, eles serão amamentados por outra fêmea, para que ela entre novamente no cio e engravide novamente, em alguns casos os embriões são retirados e vendidos para serem colocados no útero de outra fêmea, assim a fêmea que gerou o embrião entra no cio novamente e logo fica grávida novamente. Isso causa um desgaste enorme para as éguas reprodutoras. As éguas também são prostituídas para outros haras, os criadores de cavalos leiloam o ventre nas éguas para acasalarem com garanhões de outros haras. Muitas vezes os criadores controlam a ovulação das fêmeas por meio de luz artificial e hormônios para que elas possam reproduzir mais vezes. Muitas éguas adoecem e morrem por causa do desgaste de estarem constantemente grávidas. Os potros passam por uma seleção, aqueles que não forem bem sucedidos em algum esporte equestre ou prova de rodeio são vendidos para matadouros.
É certo que quando atingem um ponto em que já não podem ser úteis para competição nem para reprodução, a grande maioria é destinada ao abate, embora não seja o pior destino possível, uma vez que existem outros como puxar veículos de tração, mesmo que pelas condições destes animais eles não são geralmente utilizados para isto.
Durante o treinamento e nas competições, equinos de todas as idades podem sofrer lesões musculoesqueléticas dolorosas, como rompimento de ligamentos e tendões, articulações deslocadas e ossos fraturados. O esforço que eles têm que fazer em competições pode causar hemorragia pulmonar, úlcera de estresse e ataque cardíaco.
Por muitos anos, havia uma opinião que hemorragia pulmonar afetava só puros-sangue, mas agora podemos ver, que pode afetar qualquer cavalo fazendo exercícios rápidos ou intensos, incluindo corridas, salto, polo, prova dos 3 tambores, prova das 6 balizas, prova de rédeas, provas de atrelagem, corridas de sulky, provas de montaria, vaquejadas, team penning, prova do laço, corridas de charretes e qualquer outra prova onde o cavalo tenha que fazer esforço.
“Diz-se que a equitação envolve a união do homem com o cavalo. É ensinada como algo natural e tão agradável para ambos, sem levar em conta que os equinos não escolheram estar naquele lugar; eles não decidem ter esse tipo de relacionamento com os seres humanos, mas desde pequenos foram forçados a se curvar.”
Alguns instrumentos além do freio e das ferraduras usados em vários esportes esquestres:-Esporas:
As esporas são objetos pontiagudos ou não, acoplados às botas dos competidores, servindo para golpear o animal na cabeça, pescoço e baixo-ventre. Sem fundamento o argumento de que as esporas rombas (não pontiagudas) não causam danos físicos nos animais, pois visa-se golpear o animal e, portanto, com ou sem pontas, as esporas machucam o animal, normalmente provocando cortes na região cutânea e perfuração no globo ocular.
-Chicote:
O chicote é causa de muitos ferimentos. A pele do cavalo tem sua estrutura anatômica e fisiológica que é muito delicada e consiste de glândulas sudoríparas, os músculos da pele, vasos sanguíneos e nervos. É por isso que é extremamente sensível a lesões. Usando um chicote, mesmo sem uma grande força, se faz ferida na pele do cavalo. Por causa da pigmentação e da pele esses hematomas são invisíveis ao olho, no entanto eles existem. Usar um chicote com uma força maior causa ferimentos graves — cortes e danos de tecidos mais profundos como fáscias, vasos sanguíneos e fibras musculares. A lesão também está relacionada com a umidade da pele e a pelagem dos animais. Cavalos que estão cobertos de suor ou que estão tosados podem ser gravemente feridos, mesmo com o uso mais leve do chicote.
-Sedém:
Espécie de cinta, de crina ou lã, que se amarra na virilha do animal e que faz com que ele pule. Momentos antes de o brete ser aberto para que o animal entre na arena, o sedém é puxado com força, comprimindo ainda mais a região dos vazios dos animais, provocando muita dor, já que nessa região existem órgãos, como parte dos intestinos, bem como a região onde se aloja o pênis. Há, inclusive, diversos laudos comprovando os maus-tratos aos animais submetidos à utilização do sedém.
-Barrigueira:
Pode causar ferimentos.
-Cilha, Recuadeira, Coalheira:
Podem causar ferimentos.
-Sela:
Restringe o fluxo sanguíneo do animal.
Em esportes de verdade ambas as partes aceitam participar, o cavalo não aceitou participar de nenhum esporte, portanto a exploração deles e de outros animais não poderia nem mesmo ser considerada como esporte. Além de tudo isso a partir do momento que alguém usa um animal seja para o que for e/ou coloca um preço na vida dele e/ou ganha dinheiro as custa dele é exploração animal e exploração animal tem que ser abolida. Os animais não existem para nos servir e eles não são mercadorias.
”Naturalmente, nem fisiologicamente, nem anatomicamente, nem psicologicamente um único cavalo desejou ter alguém sentado em sua coluna vertebral e medula espinhal cerebral para perturbar a biomecânica natural de seus movimentos, seu equilíbrio orgânico natural e sensação de liberdade. ” -Alexander Nevzorov
Fontes:
The horse crucified and risen de Alexander Nevzorov: http://
Obs: Alexander Nevzorov aparece montando um cavalo na capa do livro pois a foto foi tirada na época ele ainda não sabia que isto causava danos a eles, quando começou a fazer pesquisas Nevzorov primeiramente ficou sabendo dos danos que os freios causam e por isso começou a montar sem freios ao saber que mesmo sem freios os animais ainda sofrem danos ao serem montados ele parou de montar. Nevzorov não treina mais animais em sua escola ao invés disso ele e sua esposa agora ensinam anatomia, fisiologia e como cuidar de equinos e ter uma covivência harmoniosa com eles, Nevzorov não é mais a favor de reproduzir cavalos em cativeiro, ele acredita que a geração atual de equinos devem ter vidas tranquilas e protegidas e que as próximas gerações de equinos selvagens nascida deve continuar a viver como a natureza pretende. (Fontes: http://
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