O homem tem feito da Terra o inferno de todos os Seres - PROJETO RESGATO PROTEÇÃO DEFESA E LIBERTAÇÃO ANIMAL, CRIAÇÃO DE SANTUÁRIOS, AÇÕES CIVIS PÚBLICAS PELOS DIREITOS DOS ANIMAIS, PROPOSIÇÕES LEGISLATIVAS, CAMPANHAS DE INFORMAÇÃO, CONSCIENTIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO PUBLICA, MOBILIZAÇÕES E EVENTOS. E A DEFESA DA VIDA EM TODAS AS SUAS MANIFESTAÇÕES
Há
dois anos, Wilson Coutinho encontrou um filhote de pitbull machucado na
rua. Os ossos do cão estavam expostos e a ferida já tinha adquirido uma
coloração roxa. Wilson criou em sua rede social um álbum com o nome “À
espera de um milagre” e colocou as fotos do animal.
- A
repercussão foi enorme e pessoas do mundo todo doaram dinheiro para
salvar o cachorro. Ele sobreviveu e ganhou o nome Davi. Foi um milagre
mesmo - conta Wilson, de 48 anos.
Salvar animais em perigo é o
trabalho que o morador de Belford Roxo desempenha desde pequeno. Com a
ajuda das redes sociais, a atividade ganhou proporções antes
inimagináveis:
- Há pouco mais de um ano, um amigo da internet
sugeriu que eu comprasse um sítio para cuidar melhor dos animais. Várias
pessoas fizeram doações e, por fim, uma modelo brasileira que mora nos
Estados Unidos deu o resto.
Wilson Protetor com uma de suas galinhas no sítio do bairro Babi, em Belford Roxo Foto: Mazé Mixo / Extra Os
20 mil amigos e os 132.600 seguidores de Wilson podem acompanhar as
histórias de cada bicho que chega ao sítio, no bairro Babi. São 220
cachorros (alguns estão em sua casa), 85 gatos, 11 cavalos, quatro
vacas, cinco ovelhas, cinco porcos, um bode e algumas galinhas retiradas
de encruzilhadas.
- Alguns animais eu pego na rua e outros
compro. Não posso simplesmente tomar o cavalo de um carroceiro, tenho
que pagar - diz Wilson, dividindo os méritos com os colaboradores: - O
pessoal das redes sociais ajuda a comprar remédios e a pagar o
veterinário. Sempre posto as notas fiscais. É incrível o que a internet
pode fazer quando é usada para o bem.
Outra forma usada pelo
amante de animais para sustentar o seu sonho é o “brechopping”, um
espaço ao lado de sua casa onde vende de tudo para angariar fundos.
Wilson Protetor com seus porcos no sítio do bairro Babi, em Belford Roxo Foto: Mazé Mixo / Extra Nem alergia a pelos estraga um sonho
Quando
Wilson Protetor, como é conhecido, chega ao sítio, os cachorros começam
a pular de alegria. Ele beija um, beija outro e abraça o porco Faustão.
Wilson chama cada um pelo nome e conta a história deles. Mas não pode
dizer que é dono dos animais. Todos estão ali para serem adotados, menos
os de grande porte:
- Dói muito quando um deles vai embora, mas é
importante. Faço um interrogatório antes para garantir que os bichos
serão bem tratados. O problema é que, para cada 40 animais que pego,
apenas dois são adotados.
Wilson Protetor com o cachorro Leleco no sítio do bairro Babi, em Belford Roxo Foto: Mazé Mixo / Extra Para
melhorar o tratamento de seus “filhos”, Wilson decidiu construir uma
pequena clínica veterinária dentro do sítio. A sede também está em
reforma, assim como o local onde tomam banho.
- Eu vivo para os
animais, não tenho tempo para mais nada. Por isso, levo sempre um
remédio no bolso. Sou alérgico a pelos - revela Wilson Protetor,
enquanto abraça um cachorro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário