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05/01/2014 17h17
- Atualizado em
05/01/2014 19h32
Ativistas protestam em frente a prédio de onde cão foi arremessado
Manifestantes se organizaram por meio de rede social.
Animal passou por cima de edifício, caiu e morreu em meio de uma festa.
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Manifestantes
usaram megafone pedindo que outros animais fossem retirados do
apartamento de onde o pinscher foi arremessado (Foto: Silvio Muniz/ G1)
Manifestantes de várias organizações não governamentais (ONGs) se
reuniram na manhã deste domingo (5) em frente ao prédio de onde um
cachorro da raça pinscher foi arremessado e posteriormente morreu, na
sexta-feira (3), por uma moradora, durante uma briga com o marido. Os
manifestantes querem que os outros animais da família da suspeita, dois
cães e dois hamsters, sejam retirados da casa e fiquem em abrigos para
que sejam adotados por outras famílias.
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Segundo testemunhas, o cão foi arremessado do 12° andar por volta das
22h30. Um morador do prédio onde o cão foi encontrado disse ter visto
quando a mulher arremessou o cachorro, que passou por cima de um prédio
menor e caiu no pátio, perto de onde acontecia uma festa de aniversário.
A estudante Karla Moura, que comemorava com cerca de 20 amigos seu
aniversário, disse que todos na festa escutaram o baque do corpo no
chão. “Foi um barulho alto e a cena assustadora. O cachorro
aparentemente não ficou muito machucado, mas havia algumas crianças com a
gente, que ficaram impressionadas. A festa havia começado há cerca de
uma hora e meia e acabou depois disso. Não tinha mais clima”, conta.Regina Miranda, que participava da festa de Karla na hora do fato, disse que a mulher era vista maltratando os animais durante os passeios. “Quando eles empacavam ela os chutava sem paciência. Estou montando um cartaz com a foto dela para alertar as pessoas sobre o que essa mulher fez. Ela é uma criminosa e tem que pagar”, disse.
Moradores colocaram faixa em defesa dos animais
(Foto: Silvio Muniz / G1)
O protesto foi organizado por ativistas, que marcaram a manifestação
por meio de uma página no Facebook. Adriana Saraiva, da ONG Amapatas, de
Atibaia, no interior de São Paulo, desceu a serra com outros três
ativistas moradores de São Paulo para reforçar o coro contra a mulher,
que segundo vizinhos havia viajado para o interior do Estado levando um
dos cães. “A lei está começando a mudar, mas ainda não estão cumprindo
como tem que ser. Essa mulher devia ficar presa. Não podemos deixar
assim”, diz. Adriana participou de protestos contra o Instituto Royal,
após manifestantes resgatarem cães da raça beagle, que eram submetidos a
testes de produtos cosméticos. “Temos que cobrar as autoridades para
termos o direito dos animais garantidos”, acrescenta.(Foto: Silvio Muniz / G1)
Os manifestantes usaram cartazes e um megafone, no qual se dirigiam ao marido da mulher, que teria permanecido no apartamento em Praia Grande. “Se você não teve culpa, saia daí e nos entregue os animais. Sua mulher tem que pagar pelo que fez. Ela é uma psicopata, devia estar na cadeia”, dizia uma das ativistas pelo megafone.
Moradores do bairro se juntaram aos ativistas. A Polícia Militar foi chamada para evitar excessos dos manifestantes. O presidente da Organização Fiscalizadora de Animais (OFA), José de Oliveira Dias Junior, disse que ficou sabendo do protesto na manhã do domingo. “A polícia pediu para controlarmos as pessoas, porque tinham escutado que um grupo queria invadir o prédio, mas não estamos aqui para isso. Viemos para acompanhar a manifestação e nos juntar pacificamente ao protesto para chamar a atenção das autoridades contra crimes como esse, que se repetem e permanecem impunes”, conclui.
Pinscher foi arremessado do 12º andar, passou por prédio menor e caiu no pátio do prédio ao lado (Foto: Silvio Muniz/ G1)
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